Alguma vez você já parou para analisar os detalhes de sua vizinhança? As ruas, as casas, os prédios, as lojas que existem por perto, as personalidades do bairro que estão sempre passando na rua. Existe muita vida ao seu redor. É hora de começar a percebê-la. É importante olhar o entorno para captar o espírito do lugar: perceber as pessoas, seus comportamentos e os estilos que circulam na cidade. É importante apreender e sentir a inovação.

A câmera fotográfica é um excelente gerador de criatividade, ela deve se tornar a extensão de teus olhos, revelando detalhes de uma beleza que no momento pode ter passado despercebida, mas que no segundo olhar traz ricas descobertas. É preciso contemplar e interrogar objetos, gestos, locais que geralmente são ignorados na vida cotidiana, sempre tão apressada, conforme Perec (2008, p. 24)

É preciso interrogar o tijolo, o concreto, o copo, nossos comportamentos à mesa, nossos utensílios, nossas ferramentas, nossas agendas, nossos ritmos. Interrogar o que pareceria que havíamos deixado de nos surpreender. Vivemos e respiramos, e também caminhamos, abrimos as portas, descemos escadas, sentamos à mesa para comer, deitamos em uma cama para dormir. Como? Onde? Quando? Por quê? Descreva a sua rua. Descreva uma outra. Compare. […] Pouco me importa que estas perguntas sejam fragmentadas, apenas indicativas de um método, quando muito de um projeto. O que me importa é que elas pareçam triviais e insignificantes: é precisamente o que as torna essenciais […]^[1]

Assim, com base neste contexto, os estudantes da minha disciplina de Gestão da Inovação do curso de Bacharelado em Administração da Faculdade IENH foram instigados a analisar seu entorno, questionar, fotografar, reunir cores, texturas, expressões, formas. E, por fim, escrever um ensaio de forma criativa e crítica.

Link: http://biblioteca.ienh.com.br/vinculos/000000/000000a8.pdf

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^[1] Tradução da autora. PEREC, George. Lo infraordinario. Impedimenta: Madrid, 2008.