Livro: #selfies: subjetividade e tecnologia

Uma semana dedicada a leitura 😉

A dica de hoje: livro #selfies: subjetividade e tecnologia

Autora: Sandra Portella Montardo

Editora Sulina, 2018

Apresentação:

Selfies estão por toda a parte. Pela facilidade que se tem em capturar, editar e compartilhar esse tipo de imagem, na maioria das vezes, por meio de smarthphones, as selfies passaram a constituir uma prática cotidiana na vida das pessoas. Pessoas essas que têm perfis variados, que compartilham selfies com intensidades e motivações diversas em diferentes plataformas digitais.

Por se tratar de um fenômeno relativamente recente, a publicação científica sobre o tema é, ainda, incipiente. Frente a isso, #selfies: subjetividade e tecnologia propõe uma sistematização inicial dos estudos sobre selfies no Brasil. Este livro é composto por seis capítulos que abordam as selfies a partir de perspectivas teóricas e metodológicas diversas. Pode-se relacionar a abrangência de abordagens dispensadas às selfies neste livrocom os vínculos institucionais dos nove pesquisadores que os produziram. Nesse sentido, os capítulos refletem a produção bibliográfica sobre o tema desenvolvida em seis Programas de Pós-Graduação brasileiros que contemplam questões referentes à Comunicação Digital.

Montardo (2018, p. 7) inicia nos explicando que

Selfie tornou-se palavra do ano do Oxford Dictionary no ano de 2013, e desde então, não faltam
referências às “imagens autofotográficas compartilhadas” (Gunthert, 2015, p. 15) na mídia em geral. O mesmo
autor (2015) estranha o fato de selfies terem se tornado o centro de debates de mídia apenas em 2013, apesar de
terem surgido no Japão já em 2000. Para o autor (2015), esse delay se deve à resistência a práticas culturais
tornadas possíveis pelo que chama de ferramentas de conectividade, o que coloca as selfies como um sintoma
dessa cultura conectada

Oito anos depois desta escolha de palavra do ano, uma rápida pesquisa no Google com a palavra “selfie” agora rendeu “aproximadamente 862.000.000 resultados”. E, analisando a aba “IMAGENS” as primeiras fotos que enchem a tela são de pessoas sozinhas segurando um smartphone… kkkk… sim, são fotos que alguém fotografou pessoas que estavam “tirando uma selfie”, louco né?

O livro está dividido em seis capítulos, sendo eles:

  1. Panorama dos estudos sobre selfies (Cristiane Weber e Sandra Portella Montardo)
  2. Selfies e subjetividade contemporânea (Manuela Arruda Galindo)
  3. Mosaicos de espelhos e invenções de si: um aqui e agora sem fim (Ronaldo Henn)
  4. O império dos selfies e o paradoxo das imagens na era tecnológica (Cláudio Cardoso Paiva)
  5. As materialidades do autorretrato: espaços e espelhos (Suely D. Fragoso e Alexandre David Borges)
  6. Projeto Selfie City de Lev Manovich e seu significado para o estudo de dados com algorítmos na Comunicação (André Fagundes Pase e Eduardo Campos Pellanda)

Gosto muito deste livro! Adoro o tema! As selfies nos apresentam um “retrato” da sociedade.

Mas, para indicar um capítulo (vou ter que indicar dois)

O capítulo 1 – Panorama dos estudos sobre selfies é leitura obrigatória pois apresenta o estado da arte dos estudos sobre selfies, mapeia os estudos e tipos de produções (congressos, periódicos, dissertações, tese, livro, grupos e artigos)

O capítulo 4 – O império dos selfies e o paradoxo das imagens na era tecnológica traz imagens de selfies famosas (Obama, Papa Francisco, entre outras), bem como explica as distinções entre self-portrait e selfie digital; trash selfies e hiper selfies; e descreve a polifonia da selfie

“a selfie é o culto do smartphone como espelho” (PAIVA, 2018, p. 96)

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