Mobile stacking: um break digital na hiperconectividade

O artigo de hoje foi apresentado no Inovamundi 2017. Ele foi escrito com a Profa. Dra. Saraí Patrícia Schmidt

Veja uma parte da Introdução:

Este artigo traz reflexões que integram a pesquisa de Doutorado sendo desenvolvida no programa de pós-graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social pela Universidade Feevale, cujo tema é juventude líquida[1] contemporânea e sua relação com o consumo. Mais especificamente, investiga as interfaces da diversidade cultural e da exclusão/inclusão considerando a multiplicidade de representações e interações que envolvem as formas de apreensão e ressignificação da cultura de consumo do smartphone na juventude.

A juventude contemporânea encontra na cultura de consumo possibilidades de comunicação, pertencimento, participação, sociabilidades, visibilidade e de formação do seu estilo de vida. Conforme Featherstone (1995) a cultura de consumo envolve uma dimensão cultural da economia, sendo que, o uso de bens materiais e os símbolos são considerados “comunicadores” de uma economia de bens culturais e estilos de vida.

Segundo Rocha e Pereira (2009, p. 76) “o consumo estrutura valores e práticas sociais: regula relações sociais, interfere nos aspectos culturais, constrói identidades”. Canclini (2010, p. 60) afirma que o consumo é o “conjunto de processos socioculturais em que se realizam a apropriação e os usos dos produtos”. E, Bauman (2008) complementa que consumir não está limitado a adquirir e ter a posse de algo. Deste modo, é possível descrever que o consumo não se restringe ao ato de compra, mas envolve as relações socioculturais dos consumidores entre si e com o mundo.


[1] Schmidt (2007), tendo como base Bauman (2001), caracteriza a “juventude líquida” como “um grupo que, para  afirmar-se  como  tal,  precisou,  em  determinados  momentos históricos,  romper,  ou  talvez  fosse  melhor  dizer,  dissolver,  derreter  certos “sólidos”. Nesse  processo  de  dissolução,  a  juventude  acabou  por  constituir-se como “rebelde”, “irreverente”, “obstinada”, “inconformada”. Com  isso, acabou criando novos “sólidos” para si. E são eles que, contemporaneamente, vão sendo despejados  no  cadinho  para  serem  novamente  reformados,  reformulados  e refeitos”.

Link dos anais do evento: https://www.feevale.br/Comum/midias/5c7c614e-6c68-446a-9a28-c7c8c5b07756/Anais%20SPG%202017.pdf

pág. 1229

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