Livro: A Cruel Pedagogia do Vírus

A dica de livro desta semana é: A Cruel Pedagogia do Vírus do sociólogo Boaventura de Sousa Santos – Publicado em 18 de abr. de 2020

Novo volume da coleção Pandemia Capital, disponível exclusivamente em e-book, é uma didática argumentação sobre os desdobramentos da pandemia do coronavírus à luz da situação econômica e política dos últimos anos. Na obra, o autor reflete sobre as súbitas mudanças de hábitos impostas em todo o planeta, como o tempo dispensado aos filhos, a diminuição da poluição nas grandes cidades e a redução do consumo desenfreado. Segundo ele: “Mostra-se que só não há alternativas porque o sistema político democrático foi levado a deixar de discutir as alternativas”. Boaventura faz uma importante menção aos grupos mais afetados pela crise ao redor do mundo e credita ao capitalismo enquanto modelo social nossa inabilidade de fazer frente a ela: “Só com uma nova articulação entre os processos políticos e os processos civilizatórios será possível começar a pensar uma sociedade em que a humanidade assuma uma posição mais humilde no planeta que habita”. Pandemia Capital é uma série especial de obras curtas, objetivas e com preços acessíveis que aborda a crise atual do novo coronavírus e suas implicações na sociedade, na psicologia e na economia

Link: https://www.boitempoeditorial.com.br/produto/e-a-cruel-pedagogia-do-virus-958

Vale lembrar que o livro foi publicado em abril (ainda início da pandemia). E, neste período existiam algumas “esperanças” pós-pandemia. Alguns pontos apresentados pelo autor:

No capítulo 4 – “A intensa pedagogia do vírus: as primeiras lições“, o autor destaca seis lições:

Lição 1. O tempo político e mediático condiciona o modo como a
sociedade contemporânea se apercebe dos riscos que corre.

Lição 2. As pandemias não matam tão indiscriminadamente quanto se
julga

Lição 3.Enquanto modelo social, o capitalismo não tem futuro

Lição 4. A extrema-direita e a direita hiper-neoliberal ficam
definitivamente (espera-se) descreditadas

Lição 5. O colonialismo e o patriarcado estão vivos e reforçam-se nos
momentos de crise aguda.

Lição 6. O regresso do Estado e da comunidade.

E no capítulo 5 “O futuro pode começar hoje
“A pandemia e a quarentena estão a revelar que são possíveis
alternativas, que as sociedades se adaptam a novos modos de viver quando
tal é necessário e sentido como correspondendo ao bem comum. Esta
situação torna-se propícia a que se pense em alternativas ao modo de
viver, de produzir, de consumir e de conviver nestes primeiros anos do
século XXI”.

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