05 de Outubro de 2016 10h – Atualizado às 10:41 Por Ivan Verbesselt*

Atualmente, vivemos e trabalhamos na era em que a tecnologia é projetada, cada vez mais, com menos limites. Para a “geração em todo lugar”, a tecnologia está disponível 24 horas por dia, onde quer que se vá. Com o novo acesso, essa geração assiste a mais conteúdo, de formas mais diversificadas do que nunca. Com a TV em todo lugar, os consumidores podem assistir a programas de televisão no computador e em dispositivos móveis, mesmo fora de casa.
No entanto, não podemos esquecer que, para muitos da “geração em todo lugar”, são os pais quem pagam as contas. Isso significa que os distribuidores e criadores de conteúdo precisam oferecer uma solução adequada às necessidades de toda a família. Nos últimos anos, as redes de TV têm lançado mais e mais serviços que oferecem alternativa às assinaturas completas de TV a cabo. De pacotes “enxutos” a ofertas de OTT, os provedores reconhecem que a tecnologia atual está mudando o modo como as pessoas consomem conteúdo.
Hoje, a tecnologia está em quase todos os aspectos das nossas vidas cotidianas. A cada minuto, duas horas de vídeo são enviadas ao YouTube a partir de dispositivos móveis. Mas, em meio a toda essa mudança, a TV mantem-se resiliente. Em 2015, as pessoas passaram à frente da TV um tempo médio diário de três horas e 35 minutos (em comparações às três horas e 39 minutos registradas em 2005). Aparentemente, temos um caso semelhante ao do gato de Schrodinger: ele está em casa, na frente da TV, e simultaneamente fora de casa, no smartphone.
A realidade é que não paramos de assistir à televisão, apenas passamos a absorver conteúdo de formas diferentes. No entanto, esses dados podem também mascarar uma mudança de geração. Por exemplo, entre pessoas de 18 a 24 anos, a audiência da TV caiu 33% entre 2011 e 2016. No entanto, o fato de usar telas diferentes não significa que a Geração Y abandonou a TV. Desde o compartilhamento de conteúdo em redes sociais até assistir ao YouTube pela TV, a televisão é mais uma tecnologia que está se adaptando à abordagem “sem limites”.
Com menos limites à forma de assistir à TV, os consumidores estão assumindo o controle e personalizando a própria abordagem de consumo de conteúdo, tornando-a mais fragmentada. E isso significa que os provedores de TV não podem se sentar e esperar. Sem dúvida, serviços de vídeo sob demanda por assinatura (SVOD), como o Netflix, representam uma ameaça à plataforma da TV tradicional. Especialistas preveem que, até 2020, o SVOD será responsável por 20% do tempo de audiência e por 10% das receitas globais da TV paga. No entanto, embora possamos assistir a um pouco menos de TV e essa audiência seja muito menos linear, existe um grande mercado para combinações inteligentes que combinam pacotes enxutos e ofertas de SVOD.
Mas ainda há desafios a serem resolvidos pelos provedores. À medida que a TV tornou-se mais diversificada, ela também se tornou mais complexa, sendo seu conteúdo espalhado por diversos dispositivos e muitos controles remotos. Esse estado fragmentado de uma TV, supostamente mais avançada, não oferece a experiência televisiva ideal. A próxima geração de bem-sucedidas soluções de TV paga será formada por aquelas que oferecem uma experiência singular e coesa com um ambiente de gerenciamento unificado, em uma única rede. Por isso, a NAGRA desenvolveu o IntuiTV. Uma solução que oferece todo o seu conteúdo em um só lugar, com um dispositivo que pode ser acessado por um controle remoto, e que traz ao usuário uma experiência simples e livre de estresse.
Quando observamos o futuro do mercado da TV paga, vemos que os provedores precisam evitar os riscos da fragmentação excessiva e ver histórias como o Netflix e o Spotify como lembretes de que os consumidores ainda estão dispostos a pagar por conteúdo. Aqueles que duvidam do futuro da TV sempre devem ter em mente que 80% do tráfego da internet é composto por vídeo, o que torna indiscutível o fato de que a TV tem transformado a internet mais do que o contrário. A TV precisa simplesmente ser empacotada para adequar-se aos estilos de vida modernos. Portanto, para encerrar, as perguntas que todo provedor de TV paga precisa fazer a si mesmo são: Estou conectando as pessoas ao conteúdo que elas adoram? e Estou fazendo isso de forma simples?
Ivan Verbesselt é vice-presidente sênior de marketing do grupo NAGRA
http://adnews.com.br/adarticles/tv-para-geracao-everywhere.html