O mobile precisa receber mais investimentos

A terceira edição do Mobile Day, promovido pelo IAB Brasil, aconteceu no Espaço Apas, em São Paulo, e trouxe debates, conteúdo e cases sobre do mercado mobile no Brasil e no mundo. As palestras começaram apresentando os expoentes números da plataforma no país. Terence Reis, do Pontomobi, levou dados da pesquisa Mobility Index para os participantes. Segundo o estudo, a presença de marcas nos devices passou por um crescimento de 46% nos últimos seis meses.

Outro que apontou dados positivos foi o Diretor da ComScore Brasil, Alex Banks. De acordo com os números da pesquisa Mobile Metrix, o tempo passado pelos usuários no mobile vem aumentando gradativamente, ocasionando uma chancela de oportunidades para anunciantes. “Os números são impressionantes, continuam crescendo. O mobile precisa receber mais investimentos”, disse.

Mas por onde começar? A dúvida paira sobre o mercado brasileiro em geral. Não por menos, os participantes das palestras iam de micro a grande empresa, como Cola-Cola e Netshoes.

Foto: Mariana Neaime

Fotos: Mariana Neaime

Para apresentar conceitos básicos de investimento nos devices, Michel Sciama, gerente de AdWords do Google no Brasil, trouxe três pilares básicos para o sucesso. Com demonstrações de cases, Sciama apontou experiência, comunicação e métricas como itens a serem repensados quando o assunto é mobile.

Segundo ele, muitas empresas se mostram insatisfeitas com a receita gerada por anúncios nos dispositivos móveis sem levar em conta sua participação como ponte para conversões no desktop, ou até mesmo para o mercado físico. “No futebol, não faz sentido pagar bem para o artilheiro e pagar pouco para o responsável pelos passes”, brincou.

O receio de investir em um formato ainda tão novo é grande, por isso, cases de sucesso são importantes para dar confiança ao mercado. Eduardo Gouveia, do Alelo e Leo Longo, da Ambev, foram os escolhidos pelo IAB para apresentar os investimentos e resultados atingidos por estratégias no digital.

Para a Alelo, o mobile surgiu como uma ferramenta de avanço tecnológico. A marca de benefícios alimentícios foi a primeira a criar um aplicativo com consulta de saldo e busca de estabelecimentos parceiros da bandeira. Gouveia lembra que objetivo é fazer desses recursos um diferencial para o usuário.

Já a Ambev, reúne diferentes aplicativos e campanhas interativas para o consumidor. É o caso do app Sócio Torcedor e do GPS Skol, este último oferece uma ferramenta de busca que mapeia estabelecimentos que vendam a cerveja com o melhor custo benefício.

Longo conta que os investimentos e ações em anúncios de televisão estão, cada vez mais, sendo pensados em sinergia com a estratégia digital. “Estamos adotando o método de aprovação de peças pelo whatsapp, se não tiver uma boa visualização no mobile, não serve”, disse.

Foto: Mariana Neaime

O dia seguiu com os palestrantes Pedro Englert, CEO do InfoMoney, Marcelo Mattar, diretor de mídia da Samsung e Andreza Santana, da divisão de mobile advertising da Telefónica Brasil, que levantaram questões como o uso de aplicativos como estratégia de marca. “A criação de apps só funciona quando há um propósito forte e que será usado constantemente”, enfatizou Mattar.

Outro tema de debate, a second screen foi apresentada como uma ferramenta eficaz para a publicidade. Os palestrantes Aline Sordili, diretora de operações do R7, e Cadu Aun, diretor comercial do Twitter, levaram cases de transmídia criados entre a Record e a rede social. “A Fazenda”, por exemplo, introduziu a participação dos telespectadores nas ações do programa através de enquetes via hashtags.

O engenheiro de soluções do Facebook, Artur Souza, apontou números que comprovam o bom desempenho de marcas no mobile. De acordo com dados do Facebook, 44% das compras feitas no mundo são via mobile. No Brasil, esses números caem para 5%, fato que, para Souza, se dá devido à falta de oferta digital no país.

Leonardo Khede, do Yahoo, e Julia Gutnik, do globo.com, fecharam o ciclo de palestras apresentando seus estudos qualitativos sobre o perfil dos usuários da rede no Brasil. Khede fechou dizendo: “Se mobile fosse um país, seria a 5ª maior economia do mundo”.

Mesmo com as dificuldades e empecilhos em pauta, o clima geral no Mobile Day foi de positivismo para a plataforma que se apresenta como um gigante que acaba de despertar para o mercado.

Por Luana Scalla

30 de março de 2015 · Atualizado às 10h46

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