O Boticário está sendo alvo de ambientalistas que pedem a retirada de esferas de polietileno da composição de seus esfoliantes. A Associação Brasileira do Lixo Marinho (ABLM) entrou com uma petição online solicitando à fabricante que substitua as partículas por produtos naturais. A alegação dos autores da mobilização é de que, após o uso, esses pedaços fluem pelo ralo e acabam indo parar nos rios e oceanos, uma vez que os sistemas convencionais de tratamento de esgoto não são capazes de retê-las devido ao tamanho reduzido.
Como resultado, os animais são impactados pela ingestão do produtos e podem chegar aos pratos dos consumidores, por meio da cadeira alimentar. No Twitter, um perfil criado para disseminar o caso cobrou da marca e da Anvisa um posicionamento. Procurada pelo Mundo do Marketing, a Anvisa afirmou que esses produtos não representam riscos à saúde humana, por isso obtiveram registro para serem comercializados. Em nota, a agência afirma que a questão ambiental deve ser levada em conta e que compete ao Ministério do Meio Ambiente avaliar o fato.
O Boticário por sua vez, respondeu à equipe do Mundo do Marketing que está desenvolvendo estudos para substituir as microesferas de polietileno de seus produtos de esfoliação. A marca afirma que essa avaliação deverá ser finalizada nos próximos meses. Empresas como Unilever, Colgate-Palmolive, Beiersdorf, L’Oréal e Johnson & Johnson também já foram alvo da ABLM e se comprometeram a parar de usar esse componente de plástico.
Por Priscilla Oliveira, do Mundo do Marketing | 30/07/2014